No dia 8 de maio de 1886, em sessão solene, o dr. Ricardo Soares Baptista, presidente da Câmara Municipal de Casa Branca, instalou a nova Vila de São José do Rio Pardo. Coronel Antônio Marçal Nogueira de Barros foi escolhido presidente e comandou a primeira sessão ordinária, realizada em 10 de maio daquele ano.
O novo município de 4.200 habitantes apresenta um futuro promissor.
A zona urbana compõe-se de 12 ruas e três praças. As ruas, em relação à praça da Matriz, são em sentido longitudinal — das Flores, da Conceição, do Carmo, da Esperança, do Comércio e da Floresta. Em sentido transversal localizam-se as ruas Nova, da Estação, da Cadeia, da Imperatriz, do Ipiranga, da Boa Vista e Direita. As ruas são largas e retas, obedecendo a um cuidadoso plano urbano. As praças são: da Matriz (ajardinada com palmeiras), a do Mercado e a da Estação (em construção).
As casas são na maioria térreas, havendo três sobrados.
O comércio é movimentado por 14 lojas de tecidos, ferragens, louças e armarinhos; 34 armazéns de secos e molhados; 2 farmácias, 3 açougues, 1 hotel, 3 restaurantes, 2 padarias, 2 casas de bilhares e 2 barbearias.
Na indústria contamos com 2 fábricas de cerveja; 10 olarias, 3 marcenarias e oficinas de troles. Nas fazendas existem 5 engenhos de serra e de cana de açúcar.
A principal lavoura é a cultura do café, com extensos cafezais já formados e novos, cuja exportação anual é em média de três mil toneladas.
Há duas escolas primárias públicas, uma para meninos, com 42 alunos matriculados, tendo como professor Mário Emílio Arantes; a escola para meninas está suspensa por falta de professora.
O Ramal Férreo do Rio pardo, após entendimentos com a Companhia Mogiana, prossegue suas obras em ritmo acelerado.
São José do Rio Pardo, em sua Casa da Câmara, dá os primeiros passos de vida municipal autônoma.
16.7.08
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