19.2.08

Os fatos

UM CASARÃO NO LARGO DO MERCADO
Sem cuidar de endereço, ao vagar pela cidade, buscava com os olhos o prédio onde funcionou a Escola que representa para São José do Rio Pardo manancial de tão gratas recordações. Como a um amigo correspondente que só se conhece por fotografia, esperava, antencipando a alegria do encontro, descobri-lo por acaso; saberia, tinha certeza, reconhecer aquela arquitetura característica em sua miscelânea de estilos. E uma tarde o encontrei; lá estava ele na praça, solene e silencioso, em seu pardo-avermelhado lembrando a armadura dos jagunços de Euclides. Na fachada, entre janelas, uma placa melancólica: "Vende-se esta casa".

GLÓRIA ÂNTUMA
Perguntei, só para aferir, a morador da rua Ananias Barbosa qual fora o nome anterior daquela via. A resposta veio clara e firme: sempre foi Ananias Barbosa. Imagino o espanto do republicano, ao chegar, por volta de 1887 a esta vila e encontrar uma rua com o seu nome!

ANÚNCIO PERIGOSAMENTE DÚBIO
Dr. Octavio de Barros — Advogado — Trabalha no crime em qualquer ponto do Estado — Casa Branca. (Transcrito do jornal rio-pardense "O Sol", edição de 20 de janeiro de 1902)

INCONGRUÊNCIA
Os mais polêmicos exemplares da "Resenha" foram preservados para a história, graças a alguns assinantes ofendidos que, em sinal de protesto, os devolveram à Redação.

Notas extraídas de "O que os outros me escreveram", da coluna "Calidoscópio" de Márcio José Lauria, publicadas em "Gazeta do Rio Pardo" em 22 de abril de 1973.

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