18.11.08

Atuante Padre Euclydes Carneiro

Nascido na região de Itajubá, em 1879, aos 14 de agosto, filho do coronel José Gomes Vieira e Silva e dona Cândida Carneiro e Silva, padre Euclydes Gomes Carneiro foi um polêmico sacerdote que chegou a São José, transferido de Ribeirão Preto, em junho de 1915. Em outubro, já era elogiado pela montagem de uma biblioteca para os presos, pela reforma da Matriz, pela paz da política republicana rio-pardense e pelo projeto da construção das "casinhas da Vila São Vicente" em terreno do patrimônio da Igreja. Logo, recebeu apoio da população para realizar a construção do Asilo (Vila São Vicente), que teve sua pedra fundamental assentada no Natal de 1915. Foi inaugurado em 1916, com oito casinhas (com quatro quartos cada uma) e um pavilhão central. No segundo semestre de 1917, a irmandade "Filhas de Maria", fundada pelo padre Euclides, e com seu apoio, iniciou a construção da gruta de pedras na entrada do Asilo de Inválidos. Seria uma réplica da Gruta de Lourdes, na França. Foi inaugurada no dia 18 de maio de 1918. Neste ano fez o lançamento da pedra fundamental da Capela de São Roque, na esplanada do Asilo.
Carinhosamente citado e venerado pelos antigos moradores de São José, padre Euclydes era retratado como um conciliador, preocupado com a sua Igreja, com os marginalizados, pobres e doentes.
Padre Euclydes Carneiro permaneceu em São José do Rio Pardo por quatro anos. Seu afastamento resultou num grave incidente entre o bispo dom Alberto, de Ribeirão Preto, e a comissão popular rio-pardense, que solicitou a permanência do vigário em São José.
A Câmara Municipal fez publicar no jornal "O Estado de S. Paulo" um memorial de página inteira intitulado "São José do Rio Pardo e o Bispo Diocesano de Ribeirão Preto", o que rendeu críticas de políticos — que tacharam a publicação como um ato de politicagem — e muitas ofensas dirigidas pelo bispo ao povo rio-pardense e ao próprio padre.
Padre Euclydes Carneiro tem seu nome lembrado em uma rua, na Vila Pereira, e é o patrono do Asilo de Inválidos por ele fundado.
O sacerdote morreu em 26 de fevereiro de 1945, aos 66 anos, num convento no Rio de Janeiro. Em 1950 seus restos mortais foram levados para a capela de Nossa Senhora Aparecida, localizada no Asilo Padre Euclides, nos Campos Elíseos, em Ribeirão Preto.

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