São José do Rio Pardo: cidade clara que nem dia de sol. Nítida feito cromo. Há uma alegria tão natural nos seus aspectos que a gente pensa em coisas recentes, ainda marcadas com a tinta úmida da criação.
Quando conheci São José do Rio Pardo, fiquei pensando na obra de Euclides e verifiquei que a claridade daquele estilo áspero e tosco provinha de muito sol, que este recanto de Brasil lhe pôs na visão de analista e historiador.
Coisa muito curiosa será saber em que mais constituiu a colaboração de São José do Rio Pardo no poema rude de "Os Sertões". O espírito caboclo de Euclides parece que ainda escruta a paisagem. Aquele rio de águas barulhentas lhe terá deixado algum sinal de natureza nas páginas ciclópicas, manchadas de terra.
Gostei de São José do Rio Pardo. Gente bem nossa. Gente clara e bonita, sim senhor!
CASSIANO RICARDO
("Almanack São José – Grama", 1929)
4.3.08
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