4.3.08

Filho ilustre

Honório de Sylos, filho de um ilustre advogado, Jovino de Sylos, e da senhora d. Augusta de MeIo Sylos, nasceu em São José do Rio Pardo, sendo oriundo de tradicional família paulista, da qual foi chefe Vicente Ferreira de Sylos, o Barão da Casa Branca. Fez os estudos primários em sua cidade natal. Diplomou-se pela Escola Normal de Casa Branca e, mais tarde, pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco.
Despertou seu pendor pelo jornalismo, colaborando, ainda muito jovem, em "A Razão", de Casa Branca, e "Gazeta do Rio Pardo", da cidade de seu berço. Vindo para São Paulo, trabalhou na "Revista do Brasil", de que era diretor Amadeu Amaral. Ingressou, depois, no "Correio Paulistano", onde fez carreira, de repórter a diretor. Trabalhou, também, na "Folha da Manhã" e em "A Gazeta". Em 1936 e 1937, foi presidente da Associação Paulista de Imprensa, tendo lançado os alicerces da Casa do Jornalista, em São Paulo.
Diretor-geral do Departamento Estadual de Informações, no governo do embaixador Macedo Soares, transformou essa repartição, sem censura, em Departamento Cultural. Apoiou as artes plásticas. Promoveu uma exposição de pintura, circulante, no Interior. Criou o Curso de Bandeirologia, a Casa de Cultura Euclides da Cunha, em São José do Rio Pardo. Cooperou para a conclusão da Casa do Jornalista.
Fez parte Honório de Sylos da Casa Civil do presidente Júlio Prestes.
Participou da Revolução Constitucionalista, escrevendo "Itararé! Itararé!" (Editora José Olympio, 1933).
Presidente da Associação dos Antigos Alunos da Escola Normal de Casa Branca, promoveu, com Sólon Borges dos Reis, presidente da congênere de Campinas, um Congresso de Educação Rural, nessa cidade, em Piracicaba, São Carlos e Casa Branca.
Presidente da Fundação "D. Paulina de Sousa Queirós" por vários anos, secretário-geral da Fiesp, na presidência de Roberto Simonsen, com quem cooperou na organização do Serviço Social da Indústria (SESI). Um dos fundadores do Centro de Estudos Euclides da Cunha, de São Paulo. Procurador do Estado, aposentado. Cidadão emérito de São José do Rio Pardo.
Publicou Honório de Sylos, em 1976, "São Paulo e Seus Caminhos", Editora McGraw-Hill do Brasil. Colaborou em vários jornais da Capital e do Interior, sempre defendendo, com ardor, a tese de que São Paulo não cresceu em detrimento do Norte-Nordeste e, sim, pelo descortino e trabalho de seus filhos.
É sócio emérito do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Membro da Academia Paulista de Letras. Possui a láurea Rio Branco, do Itamarati, e a medalha "Machado de Assis", da Academia Brasileira de Letras.


Texto de orelha do livro "Gente & Fatos — Lembranças Jornalísticas", de Honório de Sylos, 1988, Editora Ibrasa, São Paulo. Honório de Sylos faleceu em 1993.

Nenhum comentário: