Francisco de Escobar detém o privilégio de ser não só o correspondente mais assíduo, mas também o amigo mais chegado de Euclides da Cunha. Republicano da primeira hora, foi vereador e intendente (prefeito) em São José do Rio Pardo entre os anos 1890 e 1898, crítico período em que a cidade foi assolada por uma epidemia de varíola (agosto de 1895). Como administrador, foi responsável pelo abaulamento das ruas centrais, construiu o novo cemitério e dotou as ruas da cidade com a iluminação elétrica. Deixou a cidade em 1909 para ser prefeito de Poços de Caldas, a convite de Wenceslau Braz, então presidente de Minas Gerais, bem como senador estadual. Enquanto aqui viveu, Francisco de Escobar tudo fez, ora como intendente, ora como simples cidadão, para que Euclides viesse encontrar, nessa localidade, o ambiente propício à elaboração da obra cuja base eram as reportagens que enviara de Canudos para "O Estado de S. Paulo".Francisco Escobar foi o responsável direto pela transformação de Poços de Caldas numa estância hidro-mineral conhecida nacionalmente. Segundo a professora Walnice Nogueira Galvão, Escobar nunca desistiria, apesar de serem esforços baldados, de tentar encaminhar seu camarada dileto para a política eleitoral.
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