(...) No dia 4 de abril de 1865, na primeira reunião da fundação da "Fuctura Freguezia de São José do Rio Pardo", após a eleição da diretoria para execução das obras, começaram a ser recolhidas as contribuições em dinheiro e carros de pedra para sua construção.
Demarcou-se depois o espaço reservado ao pequenino templo, mas sua execução foi dificultosa e demorada. Contratada sua feitura com Joaquim Lasbino, muitas vezes faltaram recursos e os trabalhos prolongaram-se até 1871.
Por essa época, havia no Patrimônio e redondezas cerca de 500 moradores, os quais para terem sua igreja contribuíam, conforme suas posses, com dinheiro, materiais, mão-de-obra e produtos da lavoura e criação.
Estes produtos arrecadados por José Theodoro Nogueira eram leiloados nas festas do santo pelo tenente Antônio Marçal Nogueira de Barros em agrestes quermesses.
No dia de São José no cimo do outeiro, a Capela pintada de branco brilhava à luz da manhã qual atalaia santa de verdejantes colinas e do murmurante rio Pardo. Ela estava terminada, com seu santo padroeiro, seus paramentos, suas alfaias e seu sino vibrando na transparência dos ares.
Faltava apenas obter a licença da Cúria Metropolitana para se rezar a primeira missa.
A fim de custear essa licença, os protetores da Capela — Antônio Marçal Nogueira de Barros, José Theodoro Nogueira, Cândido de Miranda Noronha, Cândido de Faria Morais e João José de Souza — programaram um leilão de prendas que foi realizado sob frondosa árvore no Largo da Capela. Possivelmente sob a figueira que ainda viceja no jardim da Praça 15 de Novembro, a qual estaria na época com cerca de 40 anos. (...)
Extraído de "Árvore-Monumento", da historiadora Amélia Franzolin Trevisan, dezembro de 1980
23.9.09
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