O jardim à margem do rio Pardo, onde se ergue, ao lado da herma do escriptor, a choupana em que Euclydes da Cunha trabalhou a sua grande obra "Os Sertões", possue muito poucos bancos, os quaes, se não estivermos enganados, não passam de trez.
Número esse, como se vê, irrisório, dada a quantidade de habitués daquelle logradouro, sem dúvida o mais pittoresco da cidade.
Aos domingos, durante as horas que alli affluem os que vão assistir ou tomar parte nos passeios de canoa, é de se ver a falta de conforto em conseqüência disso: grande magote de gente num contínuo roda-roda, sem ter em que descançar um minuto siquer.
Já que fallamos em falta de bancos, devemos confessar também que reputamos desastrado o acto da Prefeitura mandando, há alguns annos, cortar as maiores das poucas árvores alli existentes, resultando disso quase impossível a permanência no local, em certas horas do dia, devido ao calor, agora augmentado com o asphaltamento das ruasinhas do mesmo.
Num e noutro caso, pensamos que a Prefeitura pode e deve providenciar satisfactoriamente.
"Rio Pardo Jornal", 9 de dezembro de 1934.
27.1.09
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