11.11.08

Major João Modesto de Castro

(...) Major João Modesto de Castro foi quem impediu que demolissem a cabana de zinco de Euclides, hoje monumento nacional. Lutou, com um grupo de amigos, para o embelezamento do que é hoje o Recanto Euclidiano, conseguiu uma verba junto ao jornal O Estado de S. Paulo, e com ela encomendou a um artista da capital a confecção da efígie que ornamenta o monumento de pedra, em homenagem ao famoso escritor. Foi ele que também emprestou a Euclides os exemplares desse jornal, de que o engenheiro-escritor necessitava para consultar as cartas que enviara como correspondente de Canudos.
Para os que estão ainda pensando: "grande coisa!", há argumentos mais consistentes, que importam também aos não-euclidianos. Em 1904, Major João Modesto de Castro começou a reunir em sua casa uma comissão para trabalhar pela construção da Santa Casa de Misericórdia, de que foi também provedor por muitos anos. Doou ao Padre Euclides uma casinha, para que pudesse nela abrigar idosos, dando início, assim, ao asilo que ganhou o nome desse padre. Fez, também, a doação de outra casinha, para que nela funcionasse o Orfanato Anália Franco, hoje Orfanato São José. Ainda fez parte do grupo que ergueu a primeira Loja Maçônica na cidade. Perdeu sua única filha, jovem ainda, vítima da tuberculose, passando, depois, a criar filhos adotivos.
É citado em várias reportagens antigas como homem íntegro, correto, preocupado com a comunidade, espírita caridoso. Gostaria, humildemente, de acrescentar: inteligente, com uma grande visão de futuro, deixou bem registrados, em um diário manuscrito, os fatos da época da reconstrução da ponte, que observou como pescador que era, ali nas proximidades do local dos trabalhos.
Ao Major João Modesto de Castro, aqui deixo registrada publicamente minha admiração por sua atuação em nossa história e confirmo meu agradecimento pela coragem de assumir posição de vanguarda na luta pelo progresso da cidade.


Trechos extraídos do artigo "Uma Questão de Justiça", de Maria Olívia Garcia Ribeiro de Arruda, publicado em DEMOCRATA em agosto de 2002.

Um comentário:

Márcia Junqueira disse...

Quero deixar aqui registrado os agradecimentos em meu nome e da minha familia as reportagens e homenagens feitas em nome de João Modesto de Castro meu bisavo
Quero ressaltar a emoção que me causa ver ressaltada sua trajetória de vida pautada no amor ao próximo
Um forte abraço e muito,muito Obrigada
Márcia Cristina Cunha Junqueira filha de Carlos Márcio de Castro Junqueira,filho de Adelaide de Castro Vilela
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