" (...) A Vila era pequena, mas plantada em formoso sítio. A colina graciosa. A moldura de altas e poéticas montanhas da ramificação da Mantiqueira. No vale, o rio encachoeirado. Umas duzentas casas. A igreja em construção. São José – o padroeiro. O primeiro vigário – o padre João de Melo. A casa da Câmara adrede edificada. O solar Honório Dias. No Largo da Matriz, amplo e bonito, algumas residências afidalgadas, como as dos Machados, dos Junqueiras, dos Nogueira de Barros, Chico Carolina, Gonçalves dos Santos e Oliveiros Pinheiro.
Poucas ruas: a da Floresta (hoje, Campos Salles); a das Flores (agora Silva Jardim); a rua da Boa Vista (depois Marechal Deodoro); rua Direita (hoje, Rangel Pestana); rua do Ipiranga (hoje, Ananias Barbosa); rua do Comércio (depois, Benjamin Constant); rua da Conceição (Francisco Glycério); rua do Carmo (depois Américo de Campos, nome este, dos mais ilustres, infelizmente arrancado das placas num momento de paixão político-partidária); Largo do Mercado, chamado "A Várzea" (depois, Prudente de Moraes); Largo do Rosário (depois Quintino Bocaiúva e, presentemente, Capitão Mário Rodrigues); rua da Imperatriz (agora, Marechal Floriano). As primeiras modificações da nomenclatura das ruas foram solicitadas, à Câmara, em sessão de 23 de novembro de 1889, pelo vereador Honório Luis Dias. Pena que o esbraseado entusiasmo republicano tenha apagado, em todas as ruas, sem exceção de uma só, suas denominações de gosto local. (...)".
Extraído de "Glycério em São José do Rio Pardo – O Episódio Republicano de 10-11 de agosto de 1889", livro de Honório de Sylos, São Paulo, 1946. A rua Américo de Campos passou a se chamar João Pessoa e finalmente Francisquinho Dias; a rua Rangel Pestana é a atual rua José Andreoli.
18.6.08
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